terça-feira, 16 de agosto de 2011

Um para o amor, outro para a dor, outro para o medo

 Ao amor eu escrevo:


                É uma estranha canção
                Que me estranha ao sentir-te
                Considerado o que existe
                Eu estranho o tesão
               
                É estranho querer-te
                Não existe razão
                Sou estranho e ladrão
                A ensinar-te o macete
               
                É estranho avião
                Que me estranha ao ver-te
                Que me encanta palacete
                Tão cheio de emoção
               
                É você, sou eu
                É teu mundo, é o meu
               
-------

 A dor eu escrevo:

É macabro
É você
Sou eu
Sou você
Sou teu sangue
A escorrer
Sou a faca
A fazer
Sou tua vida
A morrer
Sou teu peito
A morder
A batalhar
Contra a faca
A amar o que mata
A esquecer
O querer
A relembrar
O sofrer
A dormir
Sem fazer

-----

Ao Medo:

E que medo eu tinha
De me levantar e ir embora
De dar de cara com um fora
De você não me dar linha

E que medo me apavora
Me faz fama de galinha
Me dá medo, me alinha
Me destrói ,me devora

Me faz querer-te todinha
Que me faz perder o calo
O jeito que me atinha

Que me faz perder a hora
Na saudade que me calo
Que me faz querer-te agora


Nenhum comentário:

Postar um comentário